2020 marca o início de maior reabertura de usinas. E, a partir de 2023, recomeçam os “greenfields”
É o que prevê a RPA Consultoria
Para Ricardo Pinto, sócio-diretor da RPA Consultoria, falar de 2020 é curtíssimo prazo. Então, esperam poucas mudanças. “O cenário de preços não será tão diferente com relação a 2019/20. A produtividade agrícola também não é tão diferente e teremos canaviais ainda envelhecidos. Usinas brasileiras ainda enfrentando problemas de liquidez, de caixa. Então 2020/21 não esperamos muitas mudanças.”
No entanto, o sócio da RPA prevê o início de maior reabertura de usinas. “Devemos crescer a reativação de boas usinas que estavam paradas ou boas usinas em situação financeira ruim trocando de mão, principalmente aquelas em Recuperação Judicial. Se os juízes definirem que elas podem ir para leilão, deveremos ter um crescimento dessa situação de usinas viáveis em regiões de menor competição por cana, e por terra, então existe sim uma boa possibilidade, eu diria que nas próximas, duas a três safras, de termos reativação ou ligamento de parte das usinas que foram desativadas e desligadas”, informa o sócio da Consultoria.
Para Ricardo Pinto, a retomada do setor passará por três fazes
Crédito RPA
Segundo ele, a retomada do setor passará por três fazes. A primeira, explica Ricardo Pinto, é quando as usinas recuperarão o volume de produção, atendendo a capacidade de moagem. “Essa fase vai acontecer entre as safras 20/21, 21/22 e 22/23, quando os grupos mais saudáveis alcançarão sua capacidade de cana, hoje as indústrias estão ociosas, ao redor de 20%. Junto com essa primeira fase, mas acontecendo em paralelo e durando ainda não só as três primeiras safras, mas talvez de três a cinco primeiras safras, acontecerá a recuperação de unidades que estavam desligadas ou paradas concomitantemente ao crescimento da produção de cana-de-açúcar.”
Em uma terceira fase, ressalta Ricardo Pinto, voltarão os novos projetos. “Esta fase deve começar a partir da safra 2023/2024, seguindo até 2028/2029/30. Voltaremos a ter ‘greenfields’, mas nas regiões onde houver espaço, onde há perfil de custo de terra menor, agora aliado com a disponibilidade de água para a irrigação, próximos de novos portos. Hoje o açúcar praticamente só sai por Santos, teremos novas oportunidades. Seria um novo momento.”
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