A importância do uso de herbicidas pré-emergentes no controle de plantas daninhas
O professor e consultor, que trabalhou durante 30 anos como docente e pesquisador na área de biologia e manejo de plantas daninhas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Jacob Christoffoleti, observa que o produtor necessita produzir mais com menos, porém, a existência de plantas daninhas impede que se consiga explorar o potencial dos insumos que aumentam a produtividade, reduz a eficiência das variedades, dificultam o crescimento da cultura, competem por água, luz e nutrientes.
A gestão do controle de plantas daninhas no setor sucroenergético brasileiro absorve, anualmente, cerca de R$ 600 milhões entre produtos, movimentação e venda de equipamentos, mão de obra e pulverização própria ou de terceiros. O alto investimento visa a redução das infestações das daninhas, que se constituem em um dos principais fatores da queda de produtividade. Estimativas apontam que, durante o período úmido e quente o mato pode diminuir em até 42% a produção de cana por hectare.
Christoffoleti ressalta que, para o controle químico das daninhas há duas opções: o uso dos herbicidas pré e pós emergentes. Para o pesquisador, o produtor precisa diversificar o sistema, e os herbicidas pré-emergentes tem esse aspecto de diversificação. “Em decorrência da melhor aplicabilidade, 75% das aplicações de herbicidas são de pós-emergentes. Mas precisamos dos pré-emergentes, porque são eles que eliminam a matocompetição inicial. Por exemplo, a soja precisa sair no limpo, precisa primeiro germinar para depois vir a planta daninha.”
Outra vantagem dos pré-emergentes apontada por Christoffoleti é a flexibilização que oferece ao produtor, com seu uso o mato nasce mais fraco e em menor quantidade, permitindo que aplicação do pós-emergente seja retardada.
Fonte: CanaOnline