Açúcar bruto amplia recuperação na ICE; maio é negociado a 10,37 cents/libra
Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram nesta sexta-feira, com o mercado ampliando a recuperação de uma mínima de um ano e meio registrada no início da semana.
O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,21 centavo de dólar, ou 2,1%, a 10,37 centavos de dólar por libra-peso.
As empresas brasileiras de açúcar e etanol estão entrando em modo de sobrevivência, reduzindo as operações de colheita e buscando linhas de crédito para resistir à queda na demanda de combustível causada pela pandemia de coronavírus.
“Não acho que o mercado tenha precificado a possibilidade de a cana não ser colhida no Brasil caso algumas usinas interrompam operações”, disse um analista de risco nos Estados Unidos, referindo-se ao colapso no mercado de etanol.
Operadores notaram que as ofertas de curto prazo do açúcar branco continuam reduzidas, com o contrato agosto apurando um prêmio de cerca de 109 dólares por tonelada em relação ao vencimento julho do açúcar bruto, o que gera forte incentivo para o refino.
“Essa escassez de açúcar branco no curto prazo ainda precisa ser resolvida. E será resolvida, uma vez que tem muito açúcar bruto do Brasil chegando”, disse o analista Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Australia, citando o lucrativo prêmio do açúcar refinado.
O açúcar branco para agosto avançou 2,20 dólares, ou 0,7%, para 340 dólares por tonelada.
Marcelo Teixeira e Nigel Hunt