Cana-de-açúcar pode ser a nova cultura agrícola a entrar no PGPM
Após anos de tentativa, a cana-de-açúcar tem grande oportunidade de ser incluída na Política Federal de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), programa permanente de preços de diversos produtos agropecuários.
O pleito passa a ser prioridade da Confederação Nacional da Agricultura. A CNA inserirá a demanda no seu Plano Agrícola 2017. A decisão resulta da reivindicação feita pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) durante a reunião do Conselho Agro da entidade na última semana, após o órgão canavieiro descobrir que a CNA reivindicará do governo federal a inclusão de mais culturas agrícolas neste programa governamental.
Embora o pleito da CNA não significa a aceitação automática por parte do governo federal, esta reivindicação ganhar força e amplia a chance da cana entrar no PGPM. Por outro lado, os órgãos canavieiros devem fazer gestões junto ao Ministério da Agricultura para sensibilizá-lo sobre esta adesão. A cana é uma das poucos culturas que continua excluída, mesmo acumulando prejuízos continuados há vários anos no seu preço.
Esta foi inclusive a justificativa utilizada pelo presidente da Feplana, Alexandre Andrade Lima, para que a CNA passasse a priorizar a cana na lista das cinco culturas a serem defendidas no novo plano agrícola da entidade. Se a cana for inserida no PGPM, o governo define um preço mínimo à comercialização da cultura, e caso fique abaixo do valor de mercado, a União garante um bônus para compensar o valor, evitando o prejuízo para o agricultor, dentre outros benefícios.
“Além disso, a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) garante um ‘guarda-chuva’ maior de proteção para o agricultor”, frisa Andrade Lima. Dentre eles, o dirigente pontua os diversos subsídios, a exemplo daqueles voltados às áreas de transporte e de armazenamento e ainda uma gama de mecanismos mais sofisticados de mercado para garantir o melhor preço do produto agrícola e mais renda para o produtor rural.
Fonte: AFCP