Contratos futuros do açúcar fecham em baixa com menor temor de geadas
Os contratos futuros do açúcar fecharam a quinta-feira (29) em baixa nas bolsas internacionais, refletindo uma menor preocupação com os riscos de novas geadas programadas para hoje e amanhã (sexta e sábado) em algumas regiões canavieiras. A leitura do mercado é de que boa parte das regiões atingidas pelo fenômeno climático já colheu a cana desta safra. Sendo assim, se houverem prejuízos, os mesmos só serão computados na próxima temporada.
Na ICE de Nova York, o açúcar bruto fechou ontem, no vencimento outubro/21, contratado a 18,30 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 31 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela março/22 recuou 22 pontos, negociada a 18,80 cts/lb. Os demais contratos caíram entre 2 e 21 pontos.
Segundo a Reuters, operadores destacaram que "embora haja geadas programadas para atingir áreas de açúcar no Brasil na sexta e no sábado, provavelmente elas serão menos severas do que na semana passada".
O mercado, no entanto, ainda não conseguiu precificar de forma completa o impacto das geadas seguidas das semanas passadas que, cumulativamente, podem trazer prejuízos ainda significativos numa safra que já vinha sofrendo as consequências de uma seca prolongada.
Açúcar branco
Em Londres a quinta-feira também foi de baixa em todos os lotes do açúcar branco. No vencimento outubro/21 a commodity fechou contratada a US$ 451,40 a tonelada, baixa de 7,10 dólares no comparativo com o dia anterior. Já o lote dezembro/21 caiu 4,60 dólares, negociado a US$ 469,20 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 2,40 e 4,10 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal, medido pelo Cepea/Esalq, da USP, fechou em alta ontem, com a saca de 50 quilos negociada a R$ 117,99, valorização de 0,35% no comparativo com preços praticados na quarta-feira. No mês o indicador soma valorização de 3,89%.
Etanol hidratado
Pelo quarto dia seguido o Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado fechou em alta. Ontem, o metro cúbico do biocombustível foi negociado a R$ 3.049,50, contra R$ 3.024,00 o m³ praticado na véspera, valorização de 0,84% no comparativo.
Rogério Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias