Crise política da semana passada aumenta a dívida do setor sucroenergético em R$ 2 bilhões
Pelos cálculos da Archer, lamentavelmente, a crise vivida na semana aumentou a dívida do setor em R$ 2 bilhões, uma vez que o setor tem uma parte dela lastreada na moeda americana.
Acreditávamos que o escândalo envolvendo o presidente Temer pressionaria muito mais o dólar e, por conseguinte, o açúcar em NY. No entanto, existe um ponto em que o dólar muito forte em relação ao real acaba batendo na paridade do etanol porque a gasolina importada fica mais cara em reais. Os preços da gasolina na bomba estão agora em linha com o mercado internacional. Desta forma, a Petrobras tem pouca gordura para manter os preços inalterados ao consumidor caso o real continue sendo sacodido pela turbulência vinda de Brasília ou se o houver uma apreciação do preço do petróleo no mercado internacional.
No Brasil de hoje, é tarefa quase impossível estabelecer, prever, dimensionar ou sequer imaginar a extensão da podridão que são as relações entre uma grande parcela dos políticos brasileiros e os grandes empresários. Nem mesmo o Marquês de Sade, Boccaccio, Nabokov ou o próprio Capeta (o original, não o eneadáctilo) poderiam criar um enredo com tamanha promiscuidade e devassidão sob um cenário messalínico como o dos personagens que habitam o bordel que abriga a política nacional. Esgoto fétido a céu aberto. Um bando de ladrões e assassinos, considerando o número de pessoas que morrem no país sem atendimento médico nos hospitais, por falta de recursos para a saúde, ou pela violência urbana, por falta de recursos para a segurança. Dinheiro dos contribuintes que jorra do bolso desses criminosos. Não há pena que possa pagar os crimes dessa quadrilha maldita.
Arnaldo Luiz Corrêa
Fonte: CanaOnline