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Dependendo da variedade de cana, a cigarrinha-das-raízes reduz em até 70% da produtividade dos canaviais

Dependendo da variedade de cana, a cigarrinha-das-raízes reduz em até 70% da produtividade dos canaviais

A intensidade dos danos dependerá de três fatores principais: população; variedade e idade/tamanho da planta ao sofrer o ataque

Leonardo Ruiz

Nos últimos anos, a cigarrinha-da-raízes foi elevada ao status de praga-chave para a cultura da cana-de-açúcar. Podendo ser encontrada em praticamente todas as regiões canavieiras do Brasil, sua incidência tem aumentado em decorrência da perpetuação da colheita mecanizada de cana crua, que criou um novo ambiente nos canaviais, mais propício ao desenvolvimento da praga.

Entre os prejuízos causados pela cigarrinha, destacam-se a redução do teor de açúcar e aumento do teor de fibras e de colmos mortos. Além disso, as ninfas extraem grandes quantidades de água e nutrientes das raízes, impactando negativamente no desenvolvimento da cultura.

A pesquisadora do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Leila Luci Dinardo-Miranda, relata que a intensidade dos danos dependerá de três fatores principais: população; variedade e idade/tamanho da planta ao sofrer o ataque.

Danos causados pela cigarrinha podem dizimar até 70% da produtividade do canavial

 

Dependendo da variedade de cana, a cigarrinha-das-raízes reduz em até 70% da produtividade dos canaviais
Foto: Arquivo MS Fernandes Consultoria


“A questão da população é bastante óbvia. Quanto maior, maior será o dano. Com relação a influência da variedade, conheço apenas um material tolerante a praga: IACSP96-7569. De resto, todos são suscetíveis, sendo que o nível de susceptibilidade varia bastante. Tem variedades que perdem de 60% a 70% da produtividade, enquanto outras, de 10% a 20%.”

O terceiro fator – idade/tamanho da planta ao sofrer o ataque – também interfere na intensidade dos danos. “Uma cana de final de safra é menor durante o ataque da cigarrinha. Por conta disso, as plantas acabam sofrendo muito mais e registram quedas de produtividade superiores do que os vistos em uma cana colhida em maio”, exemplifica Leila.



Fonte: CanaOnline

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