Empresários mineiros avaliam investir no setor sucroenergético da Bahia

Um grupo composto por treze empresários de Minas Gerais visitou a Bahia esta semana para avaliar condições de investimentos (clima, solos e viabilidade econômica) no setor sucroenergético da Bahia. As visitas ocorreram entre os dias 26 e 27 de janeiro, em Barra e Muquém do São Francisco, onde está em implantação, por parte do Governo do Estado, um polo bioenergético e sucroalcooleiro, que prevê gerar 30 mil empregos.
Os empresários mineiros foram acompanhados por uma comitiva técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Na região onde ocorreu a visita está em implantação, pelo grupo pernambucano Paranhos, a primeira usina de cana-de-açúcar, das 10 previstas no projeto – a Paranhos gera 500 empregos no local.
Chefe da comitiva mineira, o empresário Antonio Giló disse que a região o surpreendeu, tanto pela quantidade de água, quanto pelo cultivo da cana. “Pelo que vimos, no plantio da Paranhos, a produção de cana-de-açúcar está se mostrando de qualidade. Então, acho que o projeto é muito promissor”, afirmou. “Estamos pensando em formar um grupo para atuar como indústria de integração, como já fazemos em Minas – com grandes produtores, com tecnologia –, e vir para cá”.
Após a visita para verificar a viabilidade do negócio, a próxima etapa é a realização de estudos in loco, ainda sem data para ocorrer.
A cidade de Unaí (MG) é a maior produtora de feijão do país. O grupo que visitou a Bahia possui 8 mil hectares irrigados por pivô central, 35 mil hectares de plantio e produz uma safra anual de 4,1 milhões de sacas de milho, feijão e soja.
O consultor de negócios Anderson Adauto, que acompanhou a comitiva, declarou que, dentre todos os plantios – seja de feijão, soja, milho, algodão, batata, trigo ou laranja –, a cana-de-açúcar é o mais simples.
“Quem dá conta de plantar todas estas coisas, vai ter naturalmente sucesso com a cana. E a grande vantagem deste grupo é ser unido, coeso, todos são agricultores profissionais e têm uma larga experiência em agricultura irrigada”, comentou.
De acordo com Adauto, ainda nesta semana, será apresentada a segunda usina do polo sucroenergético da Bahia, a Fazenda Igarité, do empresário Pedro Leite. O anúncio será feito em São Paulo, na União das Indústrias de Cana-de-açúcar (Unica), entidade representativa do setor no Brasil.
“A Unica congrega todas as indústrias deste ramo. Eles estão muito animados e acreditam que, com o RenovaBio, o país precisará de algo em torno de 20 a 30 novas usinas, com 3,5 milhões de toneladas, cada uma, para atender às novas regras”, disse.
No final de 2019, a região já tinha recebido representantes de fundos de investimentos, bancos de fomento e empresários da mineira Bevap Bioenergia, empresa considerada uma referência em tecnologia de plantio de cana-de-açúcar.
Fonte: Cana Online