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Jalles Machado, uma empresa de alta performance agrícola

Jalles Machado, uma empresa de alta performance agrícola

No dia 11 de outubro de 2017, o Grupo Jalles Machado, composto por duas unidades agroindustriais, Jalles Machado e Unidade Otávio Lage, ambas localizadas no município de Goianésia/GO, inaugurou a fábrica de açúcar na Unidade Otávio Lage.

A planta – batizada de Segundo Braoios Martinez, ex-diretor da Jalles Machado que faleceu em abril de 2015 - foi construída a partir de um projeto moderno, com layout compacto, e com a mais alta tecnologia do setor sucroenergético nacional. A fábrica apresenta baixo consumo de vapor, alto nível de automação e atende às boas práticas de fabricação e às normas de segurança. Ao todo, foram investidos R$ 80 milhões para construção da unidade de produção de açúcar e do centro de distribuição e armazenamento.

O diretor-presidente Otávio Lage de Siqueira Filho ressalta o fato de que, a partir de agora, a Jalles Machado passa a contar com ainda mais opções de produtos para incrementar o faturamento e garantir a competitividade do negócio, “gerando mais empregos para a região e impostos para o município e para o Estado”. Atualmente, o Grupo produz etanol anidro, industrial e hidratado, açúcar convencional e orgânico, produtos de higiene e limpeza, energia elétrica, levedura e látex. O Grupo encerrou a safra 2017/18 com a moagem 4.328.600 toneladas de cana nas duas unidades.

ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS É VITAL PARA OBTENÇÃO DE BONS NÚMEROS PRODUTIVOS NO CERRADO

Com a inauguração, a capacidade de produção de açúcar anual do Grupo passa a atingir a marca de 350.360 toneladas, sendo 210.360 toneladas produzidas pela Unidade Jalles Machado e 140.000 toneladas inerentes à Unidade Otávio Lage. Embora leve o título de fábrica de açúcar, a estrutura recém-inaugurada tem, na verdade, apenas o papel de recuperar o produto, já que a fabricação do mesmo ocorre lá no campo.

E produzir esse açúcar em pleno cerrado brasileiro, onde os períodos de estiagem são longos e os ambientes restritivos – 78% entre E1 e E2 - não é uma das tarefas mais fáceis. Mas a empresa tira de letra. Na Unidade Jalles Machado, a média de produtividade é de 81 toneladas de cana por hectare (TCH) enquanto que, na Unidade Otávio Lage, este número é ainda maior: 86 TCH.

Quem olha, pode até não acreditar que é possível conquistar tais produtividades em condições tão desfavoráveis. Mas o gerente agrícola da Unidade Jalles Machado, Edgar Alves da Silva, garante que os números são reais. Mas que não foram conquistados facilmente. São, na verdade, fruto de um longo e árduo trabalho. “Diante de tais condições, se não fizermos algo diferente, não conseguiríamos sequer produtividades medianas”.

Para o gerente agrícola da Unidade Otávio Lage, Márcio Hideki, a obtenção de boas produtividades no cerrado depende de uma série fatores que devem estar concomitantemente integrados. “É preciso conhecer esses ambientes restritivos e saber como trabalhar as variedades e as tecnologias, para que elas respondam aos manejos adotados da melhor forma.”

Entre as tecnologias adotadas na Empresa, Edgar Alves da Silva e Márcio Hideki destacam o uso de drones e Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), que mapeiam linhas para colheita e a qualidade do plantio, além de realizarem imagens dos canaviais para execução de projetos de altimetria. “Agora, todos os projetos de sistematização das áreas são feitos no escritório, com toda a altimetria do terreno simulando fluxo de água e possibilidade de erosão, visando conseguir um manejo conservacionista mais assertivo.”

Outra ferramenta que agregou muito ao plantio e à colheita da cana foi a adoção do piloto automático. Paralelismo próximo do perfeito e alinhamentos do plantio com espaçamento pré-determinado estão entre as vantagens da utilização da tecnologia. Com ela, a velocidade de operação de plantio fica maior, já que o operador não fica preso ao trator, podendo melhorar as manobras de cabeceira a partir de certos planejamentos. Isso também causa menos estresse, aumentando assim o rendimento operacional e a economia de combustível. Outro benefício do equipamento é a geração de um arquivo de georreferenciado do percurso, que, posteriormente, pode ser utilizado pela colhedora, impedindo que os operadores se percam no eito - fato comum em colheitas noturnas – provocando o pisoteio da linha de cana.

Até 2010, a Jalles trabalhava com pilotos automáticos em bases moveis. A partir de 2010, investiu-se em uma rede de base RTK fixa a fim de melhorar a precisão da tecnologia. “100% do preparo de solo e do plantio das duas unidades é feito com o uso do piloto automático. Com relação a colheita, ainda estamos no processo de investimento. Mas, hoje, já contamos ao menos com um equipamento em cada frente de colheita”, afirmam os gerentes agrícolas.

 


Fonte: CanaOnline

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