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Menor oferta de cana na safra 2021/22 deverá ser compensada pelos bons preços do açúcar e pela recuperação do mercado de etanol

Menor oferta de cana na safra 2021/22 deverá ser compensada pelos bons preços do açúcar e pela recuperação do mercado de etanol

Análise é de Antonio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)

Leonardo Ruiz

A safra 2021/22 será iniciada oficialmente no dia 1º de abril. As expectativas estão altas, uma vez que as primeiras projeções já indicam uma recuperação da mobilidade, o que deve impulsionar a demanda por etanol combustível, enfraquecida desde meados de 2020. Talvez ainda não nos patamares de 2019, mas ainda sim positiva. O açúcar, por sua vez, deve continuar em alta, principalmente pela boa sinalização da precificação da commodity, que vem batendo 16 centavos de dólar por libra-peso.

Essa esperança de recuperação na demanda por etanol combustível e a boa remuneração do açúcar deverão compensar a queda na oferta e na qualidade da cana-de-açúcar para a próxima safra. O diretor-técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, observa que dificilmente o ciclo 2021/22 repetirá os mesmos 145 kg de ATR por tonelada de cana. A expectativa é de um número mais próximo ao visto nos dois últimos anos, quando o ATR fechou na ordem de 138 kg/ton. A produtividade agrícola também será menor. O volume total processado pelas unidades do Centro-Sul não deverá atingir a casa das 600 mil toneladas novamente. Por conta disso, também são esperadas quedas na produção total de açúcar e de etanol.

“Os motivos para essa quebra incluem a pouca renovação dos canaviais ao longo de 2020, ao forte veranico no período de colheita, ao grande número de queimadas e a valorização da soja e outras culturas no Centro-Oeste, que levaram a uma redução de área destinada aos canaviais”, finaliza Padua.

 

 

Fonte: Cana Online

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