Muda pré-brotada (MPB) pede água
O transplantio é o momento de maior estresse para uma MPB, que sai de condições controladas no núcleo de produção e vai para o campo, encontrando um ambiente muito mais restritivo
O plantio de mudas pré-brotadas de cana ocorre o ano todo, mas o realizado entre abril e setembro proporciona as maiores taxa de multiplicação. O problema é que as mudas precisam de água para se desenvolver e essa janela coincide com o período de maior déficit hídrico na região Centro-Sul do país.
A pesquisadora científica e vice-diretora geral do IAC, Regina Célia de Matos Pires, ressalta que o transplantio é o momento de maior estresse para uma MPB, que sai de condições controladas no núcleo de produção e vai para o campo, encontrando um ambiente muito mais restritivo. “Nessa hora, é fundamental que exista disponibilidade adequada de água no solo.”
Para contornar essa situação, a maioria das usinas e agrícolas opta por uma rápida – e generosa - lâmina inicial de água visando garantir o pegamento. Mas esse processo é realizado por meio de caminhões-pipa ou de tanques tracionados por tratores que, ao transitarem sobre as linhas, aplicam, em geral, uma elevada quantidade de água sobre o solo exposto e as mudas recém transplantadas. Prática que pode levar a um aumento dos custos associados à mão de obra, uso de máquinas e combustível.
Regina observa ainda que, na maioria das vezes, após essa rega inicial, as mudas são deixadas à mercê das condições climáticas por dificuldades em seguir com a operação, especialmente quando as áreas se encontram distantes da unidade industrial ou sede da fazenda. Mas ela alerta que, em caso de má distribuição de chuvas ou longas estiagens, como a registrada este ano, o desenvolvimento das mudas será severamente impactado, levando a um canavial de baixo stand e produção irregular.
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Fonte: CanaOnline