Na Usina Açucareira Guaíra, drones identificam falhas de plantio e agilizam tomada de decisão
A tecnologia foi implementada em setembro de 2017. Naquele ano, cerca de 900 ha foram mapeados. Em 2018, este número saltou para 2500 ha
Na Usina Açucareira Guaíra, localizada no município paulista de mesmo nome, os drones são utilizados, majoritariamente, para levantamentos de falhas de plantio. Os voos – de 100m a 120m de altura – são planejados previamente nas áreas com idade de plantio entre 90 e 180 dias, coletando imagens em alta definição e, posteriormente, armazenando o resultado no banco de dados da empresa.
A tecnologia foi implementada em setembro de 2017. Naquele ano, cerca de 900 hectares de cana foram mapeados. Em 2018, este número saltou para 2500 ha. A expectativa para o próximo ciclo é que mais de 4000 ha sejam analisados.
O encarregado de geotecnologia da usina, Alfredo Barbosa Neto, destaca uma elevação da eficiência e agilidade na aquisição das informações desde a introdução da nova metodologia, que quantifica e localiza as ocorrências com muito mais eficiência, “gerando um indicador de qualidade fundamental para avaliação da gestão do plantio”.
Ele ressalta que um dos principais benefícios da tecnologia é sua eficiência. Para realizar a amostragem de falhas no método convencional, eram necessárias três equipes, cujo rendimento era de 30 ha/equipe. “Uma pessoa caminha um metro por segundo, enquanto um drone consegue fazer 15 metros no mesmo tempo”, observa. “Sem contar que, na metodologia manual, tenho o efeito do sol sobre as pessoas, gastos com EPIs e possibilidade de faltas em decorrência de doenças e problemas pessoais.”
Além de maior rendimento quando comparado ao processo manual, o encarregado de geotecnologia da Usina Açucareira Guaíra destaca outras vantagens decorrentes da adoção da tecnologia, como a localização precisa dos pontos amostrados. “Antigamente, a informação era muito vaga, pois o colaborador relatava que havia uma falha no meio do talhão, mas não sabíamos exatamente onde. Agora, sabemos qual a linha e em qual altura ela se encontra”, destaca Barbosa Neto.
Com essas informações em mãos, a tomada de decisão, além de mais assertiva, passa a ser mais ágil. “Assim que geramos os resultados, divido-os duas ações. A primeira é imediata. O que faço com essas falhas? Replanto? Reavalio estimativa? Crio uma zona de manejo diferenciada? A segunda é a longo prazo. Pego o índice de falhas e insiro no banco de dados para que ele faça parte dos processos de análises quando for a hora de escolher uma fazenda e/ou variedade para plantar.”
Fonte: CanaOnline