Novo cenário no país cria perspectivas positivas para o mercado sucroenergético
Competitividade do etanol deve incentivar realização de investimentos e aumento da produção, comenta Auro Pardinho, da DMB
Um novo cenário está sendo desenhado para 2019. A própria mudança de governo tem criado expectativa positiva para que haja menos burocracia, mais honestidade e apoio a novos investimentos – avalia o engenheiro agrônomo Auro Pereira Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas, de Sertãozinho, SP.
As perspectivas promissoras para o país deverão também proporcionar benefícios para a economia, os negócios e especificamente para o mercado sucroenergético, que é o foco da atuação da DMB.
Apesar de o açúcar apresentar ainda uma tendência de preços baixos, o etanol deverá ter condições favoráveis de comercialização – avalia Auro Pardinho –, o que poderá incentivar a realização de investimentos no setor. Mesmo com preços não tão positivos na entressafra, o biocombustível de cana contará em 2019 com a ampliação de sua clientela fiel.
É que muitos consumidores migraram para o etanol, no ano passado, devido à competitividade do produto em relação à gasolina – comenta. “Quem passou a usar o etanol, percebeu que é um produto eficiente e por isso não vai deixar de consumi-lo. O preço foi inicialmente o grande atrativo: ficou entre R$ 2,40 e R$ 2,50 por litro em 2018, enquanto a gasolina superou R$ 4,00”, compara. E, em segundo momento, o consumidor teve também a oportunidade de conhecer a qualidade do combustível produzido pelas unidades sucroenergéticas – ressalta.
Segundo o gerente de marketing da DMB, o etanol vai continuar competitivo, apresentando condições favoráveis para o aumento da produção e, consequentemente, para a realização de novos investimentos. O produto vai ter inclusive papel estratégico para atender a demanda por combustível no país. Em 2018, a venda de veículos novos cresceu pelo segundo ano consecutivo. As perspectivas para 2019 são positivas – prevê.
Não existem investimentos, atualmente, em refinaria para aumento da produção de diesel e gasolina. No curto prazo, a ampliação da oferta desses combustíveis só poderia ocorrer por meio da importação. Mas, essa medida provoca aumento de preço – constata.
O panorama do mercado de combustíveis acena, de maneira positiva, para a cadeia produtiva sucroenergética. Mas, existe uma preocupação momentânea. Os recursos destinados ao Moderfrota – linha de financiamento do BNDES para máquinas agrícolas – não serão suficientes para atender as necessidades dos produtores, caso não haja uma suplementação, observa Auro Pardinho.
“A safra 2018/19 – que vai até 31 de março – tem registrado um aumento na aquisição de máquinas em relação ao período anterior. Uma boa parte dos recursos do Moderfrota já foi utilizada. Não será suficiente para atender a demanda do setor. É preciso considerar também que a maioria das feiras agrícolas acontece no primeiro semestre”, avalia.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a linha de financiamento do BNDES consumiu R$ 4,1 bilhões entre julho e outubro de 2018 de um total de R$ 8,9 bilhões destinados ao atual plano safra. A previsão da entidade é que o dinheiro acabe antes do final de março, quando começa o calendário das principais feiras. Em decorrência disto, a entidade solicitou ao governo federal um aporte de R$ 3 bilhões ao Moderfrota para que a agropecuária possa manter os seus investimentos visando a obtenção de ganhos de produtividade e a elevação da produção.
Para Auro Pardinho, o governo deverá atender o pleito do setor, que tem significativa participação no PIB. Mas, se isto não acontecer, a alternativa será recorrer a financiamento de outras instituições bancárias (CEF, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander), que não oferecem, no entanto, as mesmas condições da linha do BNDES – diz. Os juros do Moderfrota ficam entre 7,5% e 9,5% ao ano.
Soluções para a cana - Mesmo com as indefinições em relação à economia, mercado e às medidas que serão adotadas pelo governo federal para o agronegócio, a DMB acredita nas boas perspectivas de crescimento da atividade sucroenergética. Por isso, está preparada para desenvolver soluções voltadas a resolver – ou pelo menos amenizar – os problemas do setor de cana, contribuindo para a elevação da eficiência operacional, aumento da produtividade e redução de custos.
Em 2019, a empresa vai continuar atenta às necessidades do mercado, buscando alternativas que possam proporcionar benefícios para unidades sucroenergéticas e para produtores de cana, a partir da melhoria de equipamentos que já fazem parte do seu portfolio e do lançamento de novas máquinas e implementos.
Para isto, possui uma fábrica bastante eficiente – enfatiza Auro Pardinho – com máquinas operatrizes modernas, área de robótica bem instalada e otimizada e setor de corte e dobra com equipamentos que possibilitam o máximo aproveitamento de chaparia, o que gera redução de custos no processo de produção.
A ampla linha de máquinas e implementos, fabricados pela DMB, é utilizada em diferentes fases da cultura da cana-de-açúcar. A empresa disponibiliza diversos itens em seu portfólio, que tem como um dos destaques a Plantadora de Cana Picada - PCP 6000 Automatizada, dotada de sulcador com dispositivo destorroador, que aprimora, simplifica e barateia o preparo do solo.
Outro equipamento, que tem ajudado produtores e usinas na otimização das operações agrícolas, é o “Distribuidor de Adubo e Calcário” para cana soca. Entre os seus principais implementos e máquinas, a DMB oferece também outros modelos de plantadoras, adubadores para cana crua com aplicação em profundidade e superficial, cultivadores para cana crua e queimada, carretas para distribuição de torta de filtro, aplicadores de inseticidas em soqueiras, eliminador mecânico de soqueiras, desenleiradores e enleiradores de palha, entre outros.
Fonte: Cana Online