Notícia

Em sua página no FaceBook, Marcos Fava Neves, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e sócio da Markestrat, postou que o litro do etanol em Ribeirão Preto, SP, está mais de R$ 1,20 acima do preço de saída da Usina. E salientou que não há custo que justifique tal diferença que vai contra os interesses da sociedade e da cadeia produtiva.

Mário Campos Filho, presidente da Siamig, fez o seguinte comentário no post de Fava Neves: “Infelizmente estamos amarrados ao mandos e desmandos da cadeia de combustíveis. É preciso rediscutir o papel de cada um no processo. O produtor somente produz e vende, não tem acesso ao final da cadeia. O consumidor é o agente principal, precisa questionar, reclamar e engajar a rede social para uma rediscussão da precificação do etanol em várias praças pelo Brasil.”
A postagem recebeu muitos outros comentários. Em resposta Fava Neves escreveu: “Vejam que não faço acusação alguma, apenas digo que não há custo que justifique o sistema de distribuição colocar tal diferença no preço do hidratado que sai da usina, que é público e podemos acompanhar por diversos sites. Ao precificar o etanol não pelo sistema de custo + margem, e sim balizando como 70% do preço da gasolina, o necessário aumento de share do hidratado sobre a gasolina nos carros flex não ocorre, e com isto não conseguimos "trocar açúcar por etanol" e elevar os baixíssimos preços do açúcar no mercado internacional. Só existe uma maneira de alterar este quadro, e insisto nisto desde 2008. Faz 10 anos. As cooperativas de produtores de cana devem entrar na distribuição e varejo de combustíveis, como nos EUA acontece e em algumas cidades do interior de SP, e usar o posto como instrumento de comunicação dos benefícios econômicos, ambientais e sociais, e também de precificação do etanol dentro do ambiente de livre concorrência. O posto da Cooperativa é quem dita os preços do etanol naquela cidade. Ai sim o consumidor ganharia.”

Fonte: CanaOnline