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O setor não pode repetir os erros da última grande expansão canavieira

O setor não pode repetir os erros da última grande expansão canavieira

O setor sucroenergético não tem boas lembranças da última corrida pela expansão dos canaviais, realizada na primeira década dos anos 2000. O afã de cobrir as novas fronteiras canavieiras, levou à utilização como muda, de cana que iria para a indústria, com idade superior a três cortes, material velho, muitas vezes, cheio de pragas e doenças, o que resultado em canaviais sem sanidade, com produtividade reduzida e baixa longevidade.

“Não podemos repetir esses erros, o maior custo de produção é a renovação do canavial, então, para que seja produtivo por vários cortes, não se pode abrir mão de mudas sadias e das boas práticas agrícolas”, recomenda Dib Nunes Jr, presidente do Grupo IDEA.

Na hora do plantio da cana-de-açúcar, é preciso atenção para alguns procedimentos, como por exemplo, amostragem de solo, escolha das variedades, aquisição do adubo, equipe de distribuição das mudas, entre outros.

No momento da definição das áreas de reforma, deve-se fazer amostragem de solo para saber a real situação dele. É importante conhecer como estão os níveis de nutrientes, qual correção que deve ser feita, se é necessário o uso de calcário, gesso, fosfato. Um pouco antes do plantio, é importante ter estes dados em mãos, para que o técnico indique o adubo correto e a dosagem certa.

Uma segunda fase importante na hora de plantar é a da escolha da variedade. É preciso conhecer a situação das variedades e áreas existentes nas propriedades e o período em que entrega a safra, para optar por variedades precoces, médias ou tardias. A maior parte dos agricultores, hoje, tem de fazer a safra de maneira contínua, que começa em abril e termina em outubro. Dependendo do tamanho da propriedade e quantidade de cana, haverá entregas mensais, bimestrais ou trimestrais. Não adianta ter variedades só médias, pois com o ART relativo, ele precisa entregar do início até o final da safra, com qualidade.

É importante ter uma muda sadia, a escolha de mudas sadias tem influência durante todo o ciclo da cana-de-açúcar e, não se pode esquecer que os talhões são renovados após cinco ou mais anos. Preferencialmente, a muda deve ser ereta, para evitar problemas de cana torta ou fora do sulco. É relevante observar também a distribuição proporcional no sulco.

Atualmente, a média utilizada pelo setor é na faixa de 18 a 20 gemas por metro de sulco. É preciso avaliar o tamanho da muda e a quantidade de gemas por metro. A distribuição da muda no sulco tem de ser uniforme e o número de gemas por metro tem de ser avaliado.

 

Fonte: CanaOnline

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