Polícia ambiental reforça fiscalização para manutenção dos aceiros nos canaviais

Entramos no período de seca e, com isso, vem o risco de incêndios no campo. A Polícia Ambiental alerta para que os produtores rurais adotem medidas preventivas para que, em caso de incidentes, o fogo não se alastre pela propriedade.

Uma dessas medidas é a construção e manutenção de aceiros que são uma faixa livre de vegetação, onde o solo fica descoberto. Os aceiros podem ser naturais ou construídos. Cabe ao produtor fazer a manutenção anual dos aceiros naturais que podem ser estradas ou cursos d'água. Há também os que são artificiais, principalmente nas proximidades de reservas legais e estradas. Os aceiros só são eficientes quando existe uma manutenção. Eles devem ficar limpos e trafegáveis principalmente durante a área de maior perigo de incêndios.
Aceiros de Área de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL) Unidade de Conservação (UC) ou de Maciços Florestais, precisam ter no mínimo entorno de 3 metros de largura. Os carreadores são admitidos como aceiros. Canaviais que ficam nas margens de estradas/rodovias municipais, estaduais ou federais, estradas movimentadas, rede elétrica o aceiro mínimo admitido é o que possui dimensões entre 3 e 7 metros.

No caso de incêndios criminosos ou acidentais, a manutenção de aceiros limpos permanentemente e com metragem indicada descaracterizam a omissão do responsável pela lavoura implantada quanto ao atencioso necessário para precaver-se de incêndios.

Eduardo Romão, presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA), que conta com 33 filiadas, representando mais de 11 produtores de cana, diz que a entidade vai ampliar ações de conscientização sobre a manutenção dos aceiros, para que fiquem limpos e, com isso, impeçam que, em caso de incêndio, o fogo não alcance outro talhão de cana, florestas e que incêndios nas margens das rodovias não alcance o canavial. A existência e manutenção dos aceiros, lembra Romão, não só livra usinas e produtores rurais de multas, como reduz as proporções de incêndios, prática abolida pelo setor sucroenergético e que só traz prejuízo.

Fonte: CanaOnline

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