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Puxada pelo etanol, venda de combustíveis cresce 8,5% em Minas Gerais

Puxada pelo etanol, venda de combustíveis cresce 8,5% em Minas Gerais

Por  Michelle Valverde
As vendas de combustíveis em Minas Gerais encerraram o primeiro bimestre de 2024 com alta de 8,5%, somando 2,61 milhões de metros cúbicos. A alta foi puxada, principalmente, pela maior demanda pelo etanol hidratado, cujo consumo foi ampliado em 86% no primeiro bimestre do ano. Destaque também para o diesel, produto mais vendido e que apresentou aumento de 6,6% no período. No sentido oposto, as vendas de gasolina recuaram 11,6%.

Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em nível nacional, as vendas de combustíveis ficaram 7,5% maiores no primeiro bimestre. Ao todo, as vendas das distribuidoras somaram 24,7 milhões de metros cúbicos. 

Em Minas Gerais, considerando as vendas gerais das distribuidoras em fevereiro, o volume de combustíveis chegou a 1,2 milhão de metros cúbicos, alta de apenas 0,8% frente a igual mês de 2023 e queda de 6,34% quando comparado com janeiro.

Maior competitividade alavanca as vendas de etanol hidratado

Durante os dois primeiros meses de 2024, a maior alta na venda de combustíveis, em Minas Gerais, foi no etanol hidratado. Ao todo, foram 420 mil metros cúbicos negociados entre janeiro e fevereiro, volume 86% superior ao registrado em igual período de 2023.

Considerando apenas fevereiro, quando as vendas de etanol hidratado somaram 204,9 mil metros cúbicos, o volume cresceu 74,5% quando comparado com fevereiro do ano passado. Já no confronto com janeiro, quando a negociação foi de 215,1 mil metros cúbicos, houve queda de 4,77%.

As vendas de etanol hidratado vêm sendo favorecidas pelos preços mais competitivos que os da gasolina. Resultado de uma maior oferta. Conforme os dados da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), a moagem da safra de cana-de-açúcar 2023/24, em Minas Gerais, pode superar 76 milhões de toneladas de cana, o que seria um volume recorde para o Estado.  

Diesel
Alta também nas vendas de diesel. Conforme os dados da ANP, entre janeiro e fevereiro, as distribuidoras negociaram 1,2 bilhão de metros cúbicos, volume 6,6% superior ao registrado no primeiro bimestre de 2023.

Já em fevereiro, quando a comercialização de diesel em Minas Gerais somou 603,2 mil metros cúbicos, houve queda de 1,4% frente e igual mês do ano passado. Na comparação com janeiro, a retração chegou a 2,37%.

Consumo de gasolina retraiu
A concorrência com o etanol hidratado fez com que o volume de gasolina negociado pelas distribuidoras recuasse em Minas Gerais. Conforme os dados da ANP, no caso da gasolina, a venda chegou a 691,9 mil metros cúbicos no bimestre, volume 11,6% inferior aos 781,7 mil metros cúbicos registrados em igual período de 2023.

Considerando apenas fevereiro, quando as negociações somaram 318,9 mil metros cúbicos, o volume de gasolina comparado com o mês imediatamente anterior (372,4 mil metros cúbicos)caiu 14,34%. Frente a fevereiro de 2023, o recuo foi ainda maior, de 20,1%.

Em Minas Gerais, dentre os combustíveis, também houve queda nas vendas de querosene de aviação. As comercializações mineiras somaram 467 metros cúbicos, uma retração de 2,6% frente ao primeiro bimestre de 2023. 

Produção de combustíveis ficou menor na Regap

No primeiro bimestre, conforme os dados da ANP, a produção de derivados de petróleo na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), recuou 5,5%, somando, assim, 1,3 milhão de metros cúbicos.

Em relação a fevereiro, quando o processamento de combustíveis na refinaria somou 679,9 mil metros cúbicos, houve recuo de 7,3% na comparação com igual mês de 2023. Frente a janeiro, a queda ficou em 2,08%.  

Conforme a ANP, dentre os principais produtos, o volume de gasolina A produzido pela Regap totalizou 343,5 mil metros cúbicos no primeiro bimestre. Assim, houve queda de 17,96%.

Quanto ao óleo diesel, a produção na Regap chegou a 620 mil metros cúbicos no bimestre. Representando, então, um recuo de 2,2% na comparação com igual intervalo de 2023. Queda também na produção de asfalto, 11,8%, com um volume de 59,7 mil metros cúbicos produzidos. 

 

 

Fonte: Diário do Comércio

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