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A queima da palha da cana-de-açúcar é o método usado em 12% do total de produção na região de Catanduva. Ao todo, são 1.897 cortadores de cana atuando em propriedades rurais. É o que aponta o mais recente estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). As usinas têm até 2021 para encontrarem formas de eliminar a queima em áreas mecanizáveis e 2031 para áreas não mecanizáveis.

O levantamento mostra que a produtividade dos cortadores que atuam nos canaviais da nossa região é de 9,6 toneladas por dia. Os indicadores também mostram que a produção manual chega a 2,39 milhões de toneladas. O avanço de um por cento de mecanização significa a dispensa de 909 trabalhadores em todo território paulista. O índice de mecanização na região de Catanduva chega a 88% em uma área de corte de mais de 244 hectares. A produção chega a 20 milhões de toneladas na nossa região, 17,7 milhões de toneladas são só da mecanização.

Catanduva está entre as nove regionais que representam 50% da produção de cana-de-açúcar estadual. Na lista também estão Barretos, Jaboticabal, São José do Rio Preto, Araraquara e Presidente Prudente.

O estudo aponta que ao término do Protocolo Agroambiental em dezembro deste ano, ainda haverá dezenas de municípios que ainda não atingiram a meta de 100%, que abrange as áreas não mecanizáveis.

A pesquisa também chama a atenção para os produtores com áreas não mecanizáveis e com dificuldades para cumprir os marcos regulatórios de buscar outras formas de atividades econômicas agrícolas, que sejam sustentáveis agronomicamente.

“Esta alternativa de migrar para outras atividades agropecuárias pode vir ao encontro como solução para permanência tanto dos produtores rurais quanto dos trabalhadores no setor sucroalcooleiro, evitando assim seu desemprego”, explica o estudo. 
Cíntia Souza.

Fonte: O Regional Online