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A Raízen, empresa que administra a maior parte dos canaviais de Santa Bárbara d’Oeste (SP), apresentou à prefeitura um projeto emergencial para conter queimadas durante a estiagem. Os incêndios são cada dia mais frequentes, principalmente em áreas de plantio próximas ao perímetro urbano.

O fato levou o prefeito Denis Andia, há pouco mais de uma semana, a notificar tanto a empresa como os órgãos governamentais de controle ambiental sobre a ocorrência descontrolada das queimadas.

A direção da empresa afirmou, à reportagem do Todo Dia, que vai priorizar a colheita da cana-de-açúcar nas regiões mais urbanizadas. Além disso, a empresa terá uma equipe maior de agentes (brigadistas e vigilantes) e mais equipamentos (como os caminhões-pipa) à serviço exclusivo dos canaviais barbarenses.

A Raízen também prometeu instalar e direcionar câmeras de monitoramento nos canaviais. Vai, também, intensificar campanhas de conscientização e prevenção de incêndios no município.

De acordo com a direção, a empresa mantém e aprimora uma política de sustentabilidade das próprias operações, especialmente a não utilização de fogo como método de colheita. Segue, aliás, um protocolo já firmado com o governo paulista.

Todas as novas medidas da Raízen foram, segundo a direção da companhia, encaminhadas à secretaria de meio ambiente do município.

Questionados recentemente pelo Ministério Público sobre a incidência frequente de queimadas, representantes da empresa explicaram que as queimadas representam prejuízo à própria produção de açúcar, etanol e energia elétrica. O fogo, criminoso ou acidental, disseram, prejudica o solo e a brota da cana. A queimada, em suma, não interessa a ninguém.

Nesta época do ano, as companhias do setor reservam investimentos especiais para o treinamento de brigadistas e a disponibilização de equipamentos para o controle dos incêndios porque as usinas são as responsáveis legais pelo controle de queimadas nas áreas particulares.

Fonte: Todo Dia (SP)