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RenovaBio não vai parar ou ser adiado por causa do Covid-19, mas deve passar por ajustes

RenovaBio não vai parar ou ser adiado por causa do Covid-19, mas deve passar por ajustes

Com a queda no consumo de combustíveis, metas do programa para 2020, como a aquisição de 28,7 milhões de CBios, devem ser revistas

No final da tarde desta quinta-feira, 2, a Datagro Consultoria realizou por meio online uma conferência sobre implementação do RenovaBio na crise do Covid-19. O Webinar, com a moderação de Plinio Nastari, presidente da Datagro, reuniu:

Aurélio Amaral, Ex-Diretor, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP;
Miguel Ivan Lacerda Oliveira, Diretor, Departamento de Biocombustíveis, Ministério de Minas e Energia.
José Mauro Ferreira Coelho, Diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, EPE- Empresa de Pesquisa Energética.
A pandemia do coronavírus tem impactado a sociedade e todos os setores da economia. O sucroenergético está entre os segmentos mais afetados pela crise, nos últimos dias, o consumo de etanol caiu 58% e a gasolina 53%. Frente a esse cenário, nada mais natural surgirem incertezas sobre a implementação do RenovaBio (Programa Nacional de Incentivo aos Biocombustíveis) e a comercialização dos créditos de descarbonização (CBios).

Durante a Webinar realizada pela Datagro, os participantes acalmaram o setor. De acordo com Aurélio Amaral, ex-Diretor, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o trabalho para certificação e regulamentação das empresas produtoras inscritas no programa segue com força total.

Miguel Ivan, diretor, Departamento de Biocombustíveis, Ministério de Minas e Energia, admitiu que há uma “guerra de interesses” para que o programa não vá para frente, porém afirmou que o RenovaBio não vai parar ou ser adiado por causa do Covid-19, mas deve passar por ajustes. Por exemplo, a meta de aquisição de 28,7 milhões de CBIOs previstos para serem comercializados em 2020, deve ser revista, em decorrência da queda de consumo de combustíveis e dúvidas se as distribuidoras terão condições financeiras para comprá-los.

“Começamos a considerar a possibilidade de revisão de metas, por conta do choque de demanda. Mas é muito cedo, estamos com um deadline para estruturar isso em até 90 dias. Vamos avaliar qual seria a nova meta e quais são os procedimentos necessários”, explicou Miguel Ivan.

José Mauro Ferreira Coelho, diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, EPE- Empresa de Pesquisa Energética, salientou que o governo federal não vai abrir mão do RenovaBio, e que tudo precisa seguir para “estarmos preparados para quando o cenário voltar à normalidade.” Segundo ele, vivemos um momento emergencial, mas o Coronavírus vai passar, assim como o preço internacional do petróleo que vem registrando quedas históricas, não vai durar para sempre. Coelho reforçou que o RenovaBio não vai parar e nem ser adiado.

Na próxima segunda-feira, 13, a CanaOnline trará uma matéria completa sobre o que foi debatido nesse webinar. São muitas informações importantes, como o valor calculado para o CBIO. Não percam!

 

Fonte: Cana Online

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