Seca, geadas e incêndios reduzem o volume de cana-muda para a renovação dos canaviais
Além da redução de safra, as intempéries climáticas associada aos incêndios nos canaviais acarretam mais um problema para o setor sucroenergético da região Centro-Sul do Brasil: a escassez de muda de cana.
A pior estiagem dos últimos 90 anos castiga e até mata os canaviais da região Centro-Sul neste ano de 2021. Para deixar o quadro mais caótico, pelo menos quatro fortes geadas caíram em grande parte da região. O canavial seco, a palhada no solo, a baixa umidade do ar, altas temperaturas e o vento formam o cenário perfeito para o aumento de incêndios.
Essas adversidades estão derrubando a produção canavieira, a redução na safra 2021/22 no Centro-Sul já é estimada entre 20% a 30% em relação ao ciclo 20/21, quando foram processadas 605 milhões de toneladas de cana.
No entanto, o menor volume da safra não é o único problema que essas adversidades causam ao setor, o outro é a menor quantidade de cana-muda, pois não só os canaviais comerciais, os que vão para a indústria, é que estão sofrendo ou até morrendo, mas também as áreas de cana para a produção de mudas para a renovação dos canaviais e replantio de falhas nas linhas de cana, - que aumentam consideravelmente com a seca, geadas e incêndios. Com menos cana-muda à disposição, haverá redução na renovação dos canaviais, impactando as próximas safras.
Fonte: CanaOnline