Setor sucroenergético investe cerca de 680 milhões de reais por ano no combate aos incêndios em canaviais
Pesquisa mostra que um dos investimentos do setor para o controle de incêndios nos canaviais é a mão de obra, são mais de 16 mil profissionais dedicados à essa área
Neste dia 6 de outubro aconteceu a segunda reunião on-line do ano do Grupo Fitotécnico do IAC (Instituto Agronômico). Na abertura, Marcos Landell, diretor do Programa Cana do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, informou que o tema central da reunião seria sobre o controle de incêndios nos canaviais e o manejo desses canaviais incendiados.
Segundo Landell, a preocupação com a seca e incêndios em canaviais em 2020 começou logo no início do ano, pois, já em março havia sinais de déficit hídrico em canaviais. O que gerou preocupação de como seria o quadro nos meses mais secos como julho, agosto e setembro. Isso levou os pesquisadores a se anteciparem e levantarem como deveria ser o manejo agronômico nesses canaviais incendiados, como forma de reduzir as perdas.
O Diretor do Programa Cana do IAC destacou que os incêndios são danosos para o canavial, que a ideia de que as usinas ateiam fogo é ultrapassada e que, na verdade, o setor sucroenergético que se dedica muito para a prevenção e controle dos incêndios.
Sobre esse tema, Landell chamou Rubens Braga Júnior, da RBJ Consultoria, que apresentou uma pesquisa realizada com unidades sucroenergéticas sobre os investimentos do setor no controle de incêndios em canaviais. Braga explicou que o questionário foi respondido por 92 unidades sucroenergéticas, que respondem por uma área de cana superior a três milhões de hectares.
A pesquisa foi dividida regionalmente em Sul – unidades localizadas em regiões mais chuvosa – e Norte – regiões com clima mais seco. Baseado na pesquisa, as estimativas apontam quem em 10 milhões de hectares com cana no Brasil, são investidos na prevenção e controle de incêndios 680 milhões de reais por ano e 16 mil profissionais são contratados para exercerem as funções relacionadas à essa área.
“É impossível que um setor que invista tanto na prevenção e controle de incêndios, coloque fogo por conta própria. As pessoas precisam rever seus conceitos sobre o setor sucroenergético”, salientou Landell.
Fonte: CanaOnline