Setor sucroenergético lidera demanda pelo uso de drones na agricultura
Mercado já oferece drones com soluções customizadas para o setor sucroenergético
Arator 5B mapeia cerca de 500 ha/voo com GSD de 5cm. É o modelo mais vendido para o setor sucroenergético nacional
No agronegócio brasileiro, o segmento sucroenergético é o responsável pelo maior market share do mercado de drones. Quando avaliado como um todo, incluindo empresas de prestação de serviços e fornecedores, é possível observar que quase a totalidade do setor é impactada de alguma maneira pela tecnologia. Alguns grupos, inclusive, já incluíram o mapeamento com drones e atividades correlatas (como restituição de linhas e identificação de falhas de plantio) na medição de KPIs.
Além da topografia convencional, os drones são usados principalmente para a restituição das linhas de plantio e identificação de falhas e plantas daninhas. Thatiana Miloso Franceschi afirma que a XMobots é a única empresa desenvolvedora e fabricante de drones com soluções customizadas para o setor sucroenergético. Atualmente, possui de pequenas a grandes frotas nas principais usinas do país.
Entre as soluções ofertadas ao mercado, destacam-se o planejamento de voo otimizado para a cobertura dos talhões de cana (o software XPlanner permite mapear vários talhões em um único voo, entre outras funcionalidades); a câmera multiespectral 1MC calibrada especialmente para a cultura da cana, permitindo maior assertividade nas invasoras típicas da cultura; o software de pós-processamento XFarming, o mais automatizado do mercado para restituição de linhas, identificação de falhas e cálculo de pisoteio, além de ser o único software com restituição automática baseada nas linhas do projeto; e o XMRO, que permite o acompanhamento online da frota (supervisores conseguem ver em tempo real as áreas que o drone está mapeando).
Thatiana Miloso Franceschi: “Alguns grupos canavieiros já incluíram o mapeamento com drones e atividades correlatas na medição de KPIs”
No entanto, a gerente comercial reforça que, embora muitos grupos deem escala ao uso da tecnologia, existe grandes nomes do setor que ainda utilizam drones multirrotores para o mapeamento de suas áreas. De acordo com ela, esses equipamentos não foram desenvolvidos para o uso profissional na agricultura, sendo que fatores como produtividade, acurácia posicional e custo de equipe ficam muito aquém quando comparados com equipamentos desenvolvidos especificamente para utilização profissional.
Thatiana acredita que uma das áreas que devem despontar no futuro é a pulverização aérea. Mas, para isso, as tecnologias de aplicação de defensivos devem ser eficientes. Atualmente, os drones usados para esta finalidade possuem alguns pontos negativos que têm tornado seu uso inviável. “Por este motivo, a tecnologia de pulverização com drones ainda não caiu nas graças do mercado brasileiro. Em breve, a XMobots apresentará um produto que irá sanar essas fraquezas. Nossa expectativa é muita alta em relação a isso.”
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