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Cada vez mais o plantio de soja é adotado por produtores de cana e até unidades sucroenergéticas. É o que acontece na Agrícola Tecnocana, localizada em Macatuba, SP, que em 2016 passou a cultivar soja nas áreas de renovação, principalmente nas partes com ambientes de solo de mais baixa produtividade.

A agrícola Tecnocana pode ser considerada um campo de teste dirigido à obtenção da agricultura sustentável. Em sua área de 12,5 mil hectares as mais variadas práticas e inovações tecnológicas são empregadas para controlar doenças, pragas e plantas daninhas, reduzir a compactação, preservar a humidade e aumentar a fertilidade do solo. Tudo isso para deixar a terra e a produção sadias e alcançar média de produtividade a partir de 100 toneladas por hectare.
“Focamos cada vez mais na sua produtividade, buscando a tão almejada cana-de-açúcar dos três dígitos”, diz Paulo Roberto Artioli, diretor Agrícola da Tecnocana, o popular Betão, grande incentivador de investimentos em inovação e no aperfeiçoamento das tecnologias.

“Com a introdução da soja, buscamos maior fixação biológica do nitrogênio, aumento de matéria orgânica, controle das ervas daninhas, quebrar o ciclo das pragas e doenças que tanto aumentaram com a não queima da palha. Podemos chamar que plantio da soja vai ser o vazio sanitário da cana-de-açúcar”, observa Artioli, que é engenheiro agrônomo.

Artioli salienta que a realização dessa prática, otimiza o uso da terra neste período que ela ficaria em pousio, proporcionando aumento de produtividade com rotação de cultura da soja, geração de renda (com a comercialização da soja), redução de custos do plantio da cana, além de a Tecnocana gerar mais alimentos na mesma área. Uma das premissas da agricultura sustentável.

A agrícola investe para aumentar cada vez mais a produtividade de sua lavoura de soja, que já beira a casa de 80 sacas por hectare, porém, Artioli deixa claro que a principal cultura é a cana. Todas as ações são pensadas para melhorar os canaviais.

Fonte: CanaOnline