Tecnologia aumenta a precisão dos drones na aplicação de defensivos agrícolas
Spray Plan é o primeiro sistema de análise lançado no mundo para monitorar a aplicação aérea de defensivos agrícolas
Luciana Paiva
A presença de drones sobrevoando os canaviais seja para mapear ausência de biomassa, realizar pulverizações localizadas, ou para liberar inimigos naturais para controle biológico, é uma inovação que oferece muitos benefícios para o setor. E essa tecnologia pode ser ainda mais incrementada com o uso do Spray Plan, o primeiro sistema de análise lançado no mundo para monitorar a aplicação aérea de defensivos agrícolas.
O sistema cria condições para a aplicação precisa, evitando a utilização de agroquímicos em faixas de proteção, situadas nas proximidades de áreas de preservação ambiental, núcleos residenciais, locais que abrigam organismos vivos, como populações do bicho-da-seda e colmeias. Relatórios documentam e comprovam inclusive os horários, locais e margens de segurança das aplicações.
“O Spray Plan é um sistema versátil e adaptável a diferentes necessidades de uma lavoura ou uma propriedade. O sistema pode ser empregado para avaliações quanto à execução de uma aplicação aérea, por exemplo, tanto por drones como por aeronaves. Mensura qualidade da pulverização e também uma série de dados quantitativos. Outra utilidade diferenciada da ferramenta é mapear previamente, com riqueza de detalhes, as áreas que receberão tratamento fitossanitário por via aérea e as características gerais de seu entorno”, informa Antonio Loures, sócio da Dominus Soli, a empresa que desenvolveu o sistema, localizada em São João da Boa Vista, SP.
A ferramenta mapeia previamente, com riqueza de detalhes, as áreas que receberão tratamento fitossanitário
Foto: Divulgação Dominus Soli
O uso de drones para a aplicação aérea está em ascensão, pois, segundo Marco Antonio Lino, sócio da Dominus Soli, são ideais e de fato transferem economia à aplicação quando empregados de maneira localizada, nas pequenas áreas, na chamada “catação”. “Nas áreas com essas características, a catação com emprego de aeronaves tende à imprecisão, em virtude da desproporção entre o tamanho reduzido de manchas ou reboleiras a se atingir com o tratamento e a alta velocidade imprimida pelas aeronaves no processo de aplicação dos produtos. Outra questão relevante nesse caso é a econômica, relativa ao valor final de um hectare tratado. No caso do emprego da aeronave, o tratamento é cobrado em horas de voo, já o drone em geral é contratado por um valor fechado, fixo.”
Já para as grandes extensões de lavouras, o uso do drone é limitado, ao menos neste momento. “Sabe-se, contudo, que há vários projetos em andamento para viabilizar tecnicamente a ampliação da capacidade de carga dos drones. Há ainda investimentos importantes da pesquisa agrícola para elevar a qualidade e a durabilidade de baterias dos drones, bem como para melhorar a propriedade de propulsão desses aparelhos. Acreditamos que obteremos diversos avanços quanto ao uso de drones em curto espaço de tempo”, afirmam os sócios da Dominus Soli.
Antonio e Marco, sócios da Dominus Soli: a empresa investiu fortemente na qualificação da equipe e no aprimoramento do sistema
Foto: Divulgação Dominus Soli
De acordo com Antonio e Marco, drones integrados ao Spray Plan têm auxiliado no controle de aplicações de produtos e também a embasar decisões e recomendações a clientes no sentido de optar por drones ou aeronaves, conforme características de uma determinada propriedade. Os sócios informam que a Dominus Soli investiu fortemente na capacitação de sua equipe técnica e hoje conta com todos os recursos necessários para oferecer suporte aos clientes no processo de aplicação por drones ou aeronaves. “Destinamos ainda recursos significativos a inovações atreladas ao sistema Spray Plan que o tornaram uma ferramenta robusta, de alta precisão, dotada de recursos inéditos em uso no Brasil.”
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