Um dos pioneiros na cana com tecnologia em MG, grupo sai do negócio diante dos custos para manter escala só com capital próprio
Rating alto na tomada de capital, por "sermos canavieiros". Dependência do açúcar e etanol na precificação, sem poder de negociação com usinas, e também a falta de repasse da receita de cogeração de energia pelas usinas, corroem margens. Depois de 39 anos, últimos 400/ha foram colhidos.
Confira a entrevista com Jonadan Ma - Diretor do Grupo Ma Shou Tao
Com dificuldades para manter os custos de produção, o grupo Ma Shou Tao anunciou que vai deixar os negócios no setor da cana-de-açúcar. De acordo com o diretor da empresa, Jonadan Ma, foram três fatores que influenciaram na descontinuidade da atividade.
“Nós percebemos que a cana-de-açúcar deixou de ser de prioridade do governo. Com isso, o setor perdeu a força estratégica no país. Além disso, fizemos um pleito para ter uma remuneração da cana na geração de energia”, destaca.
Mesmo após o lançamento do RenovaBio, a empresa decidiu encerrar as negociações, pois acredita que a tecnologia não traria grande avanços devido as políticas públicas. “Hoje, nós não temos como participar de uma negociação e somos obrigados a receber os preços que são impostos”, afirma.
A empresa não faz renovação dos canaviais há seis anos, por isso, neste ano já não terá mais produção de cana-de-açúcar. Sendo que na última safra foram cultivados 400 hectares com a cultura. “Nós éramos os maiores produtores de cana da região da Conquista/MG. Infelizmente, nós estamos no mesmo sistema de décadas atrás”, finaliza.
Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas