Usina de MS é multada em R$ 495 mil por atear fogo em lavoura de cana sem autorização
Denúncia de um incêndio em áreas plantadas de cana-de-açúcar, no município de Nova Alvorada do Sul, a 107 km de Campo Grande, levou uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) a empresa sucroenergética. Na cidade está localizada a unidade Santa Luzia, da Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial).
Além de fotos do momento em que ocorria a queima, a informação é de que funcionários atearam fogo nas áreas de lavouras em fazendas arrendadas.
Ao chegar no local, os policiais constataram a veracidade da denúncia, sendo que o incêndio tinha ocorrido entre os dias 3 e 4 de agosto. As áreas queimadas medidas com rastreador totalizaram 495 hectares e, inclusive, o fogo adentrou a uma área de vegetação nativa.
Sem a devida autorização ambiental e sabendo que a queima controlada é proibida até o fim do mês de setembro, a empresa proprietária da cana-de-açúcar queimada foi autuada administrativamente e multada em R$ 495 mil.
Segundo a Biosul, a colheita em Mato Grosso do Sul não necessita de queimadas
Em nota, a Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) afirmou que Mato Grosso do Sul, há anos, é o estado mais avançado do Brasil no atendimento dos marcos legislativos que determinam a eliminação da prática da queima da cana para colheita.
Dados recentes dão conta que toda a colheita do estado é feita de forma mecanizada, portanto, sem necessidade de queima. Segundo a Associação, as usinas estão preparadas, com máquina e pessoal especializado, e não necessitam mais queimar a cana para a colheita. Disse, ainda, que é importante ressaltar que existe a possibilidade de incêndios criminosos ou que acontecem por fatores naturais.
Graziela Rezende e Jaqueline Naujorks